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Projeto para ampliação de CMEI da zona leste será elaborado com método inovador

A Prefeitura de Londrina concedeu, na tarde desta segunda-feira (30), a ordem de serviço para que a empresa BRG Engenharia elabore os projetos para ampliação do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Malvina Poppi Pedrialli, situado na Vila Fraternidade. De forma inédita, os projetos de engenharia e complementares serão desenvolvidos usando a metodologia Building Information Modeling (BIM), ou Modelagem da Informação da Construção, que traz maior acurácia aos projetos, eficiência na execução das obras e economia aos cofres públicos.

A ordem de serviço, para autorizar o início das atividades pela empresa contratada, foi assinada pelo vice-prefeito João Mendonça, acompanhado das secretárias municipais de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, e de Obras e Pavimentação (em exercício), Margareth de Almeida Pongelupe. Representando a BRG Engenharia, vencedora da Concorrência Pública n° 16/2023, esteve o sócio-proprietário e engenheiro civil Rangel Gonçalves Braga.

Pelo contrato firmado entre o Município e a empresa, devem ser modelados em BIM os projetos arquitetônico, estrutural, de fundação e obras de terra, instalações elétricas e hidrossanitárias, prevenção e combate a incêndios, ar condicionado e ventilação mecânica, sinalização e comunicação visual mais a sondagem do solo.

O contrato inclui, ainda, o levantamento por meio de nuvem de pontos e modelagem BIM “as built” da edificação e do terreno onde fica o CMEI. O prazo para entrega dos projetos é de 180 dias corridos, contados a partir da entrega da ordem de serviço. Para esses serviços, o Município irá investir R$198.890,00.

Nesta obra, a Prefeitura planeja ampliar a área do CMEI Malvina Poppi Pedrialli dos atuais 688,47 m² para 1.156 m². E, com os projetos da ampliação em BIM, a empresa que for responsável pela execução da obra terá acesso a todas as informações detalhadas e embutidas em um modelo tridimensional, isto é, em formato 3D. “A Prefeitura tem se empenhado em inovar em todas as suas áreas, porque dá resultado. E quem vai usufruir disso é a comunidade, que precisa ver seus impostos sendo bem aplicados e fiscalizados. O prefeito Marcelo Belinati sabe disso, por isso incentiva e apoia ações como essa, que com certeza será modelo e vai se repetir em novas obras”, enfatizou o vice-prefeito, João Mendonça.

Segundo a secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, este CMEI é um dos maiores da cidade, atendendo cerca de 140 crianças do CB (antigo Berçário) ao P4. “Esse é um passo muito importante. A Prefeitura tem um desafio muito grande de ampliar a oferta do ensino integral, e a Educação tem feito todo o possível para isso. São 45 mil alunos ao todo, com 18 mil deles tendo até 5 anos. Ampliar tem sido um caminho, pois faltam novos espaços e a fila de espera existe. Fico feliz por começarmos juntos nessa nova metodologia, e torço para que ela seja aproveitada em mais projetos”, disse.

O uso da modelagem BIM é previsto na Nova Lei de Licitações e Contratos (Lei Federal n° 14.133/2021) e outras legislações. Para adesão da metodologia, a Prefeitura iniciou, no ano passado, uma consultoria com o Senai. E na estrutura da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação (SMOP) foi instituído o Núcleo BIM Londrina, composto por engenheiros da pasta.

O coordenador do Núcleo BIM Londrina e diretor de Edificações Públicas da SMOP, Fernando Tunouti, explicou que nessa nova metodologia, os projetos permitem visualizar qualquer edificação de forma tridimensional e as informações completas, que podem ser inseridas no modelo. “É uma forma nova de fazermos projetos de engenharia. Nosso maior desafio sempre é a compatibilização, e quando colocamos tudo isso em um mesmo modelo é possível enxergar melhor, identificar o que não está coerente e corrigir o que for necessário. E o projeto-piloto será a modelagem da ampliação do CMEI Malvina Poppi Pedrialli”, citou.

A equipe do Núcleo BIM Londrina já esteve em Cornélio Procópio, Maringá e Campo Mourão. “Nessas cidades, e todas estão iniciando a implantação, fomos apresentar o que estamos desenvolvendo, com o objetivo de disseminar essa tecnologia para outras prefeituras”, disse Tunouti.

O diretor de Projetos da SMOP, Fernando Bergamasco, explicou que o modelo atual de elaboração dos projetos de obras utiliza camadas bidimensionais (2D) e, ao agrupar todas essas camadas, algumas falhas podem passar despercebidas. “E essas interferências acabam tendo que ser resolvidas na obra. Apesar de todo esforço dos fiscais nos projetos convencionais, sabemos que isso depende de um olhar crítico. Já evoluímos e melhoramos muito, mas esperamos que esse passo seja definitivo. Essa experiência será o piloto e esperamos que, sendo sucesso, possamos contratar tudo nessa modalidade”, afirmou.

Participando da assinatura da ordem de serviço, a consultora do Senai-PR e engenheira civil Juliana Paiola parabenizou a equipe da SMOP pelo empenho ao longo dos últimos meses para conciliar as demandas diárias com as capacitações. “A BIM traz a tecnologia para a construção civil de uma forma bem impactante. E quando iniciamos essa consultoria, a equipe da Prefeitura de Londrina já estava muito madura. Eles tinham feito pesquisa, se articularam e envolveram várias secretarias para conseguir viabilizar a consultoria e compra de software. Tem sido muito prazeroso trabalhar com eles, porque é um órgão que, de fato, tem muita profundidade e a BIM é uma ferramenta robusta, mas se for utilizada de qualquer jeito, não traz os ganhos, é preciso que os profissionais colaborem”, comentou.

A secretária municipal de Obras e Pavimentação em exercício, Margareth de Almeida Pongelupe, citou que, embora o anúncio desta segunda-feira (30) seja de um projeto-piloto, ele vêm ao encontro de um tempo preliminar de muita dedicação. “Foram vários meses de preparação para recebermos essa tecnologia, criando as normativas. Isso porque, nos últimos anos, temos nos comprometido não só a nos modernizar, mas também a habilitar nossos profissionais para acolher essas inovações. E o BIM traz em seu escopo a eficiência nos projetos, orçamentos, licitações e contratações. O projeto vai ser aprimorado, tenho certeza, e com uma equipe tão boa de profissionais deve nos levar à excelência”, concluiu.

De acordo com o sócio-proprietário e engenheiro civil da BRG Engenharia, Rangel Gonçalves Braga, a empresa já utiliza a metodologia com outros clientes, e os ganhos são notórios. “Com o BIM a gente tem levantamentos quantitativos mais precisos e consegue padrões muito bem executados. O nível de compatibilização entre as disciplinas é muito mais elevado que na metodologia anterior, feita em 2D. É uma metodologia que te permite precisar e verificar, antes da fase de execução, todas as interferências que existem entre as diversas disciplinas que compõem o projeto executivo de obra completa. E isso reduz o retrabalho durante a obra. Isso favorece a economicidade e a qualidade final do produto”, apontou.

Fonte: Prefeitura de Londrina – Arquivo O Maringá

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