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Meio Ambiente inicia retirada de animais em fundos de vale
A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) em parceira com a Secretaria de Gestão (Fiscalização), Secretaria de Trânsito e Segurança (Guarda Municipal), Procuradoria Jurídica, Ministério Público, Polícia Civil e Viapar realizou nesta quarta-feira (3) a retirada de oito equinos em fundos de vale, áreas de preservação permanente proibidas para a criação de animais.
O médico veterinário e gerente de Controle Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Júlio Grochoski Neto, destacou que os animais apresentavam lesões e desnutrição, sintomas característicos de maus tratos, e poderiam agir como vetores para uma série de doenças. Leptospirose, cisticercose, raiva, leishmaniose são algumas das zoonoses, explicou o veterinário, ressaltando que no local foram encontrados lixo e entulho próximos a nascentes e recursos hídricos, sendo possíveis criadouros do mosquito da dengue, Aedes aegypti.
O secretário de Meio Ambiente, Umberto Crispim, ressaltou que as criações irregulares são um grande problema para a saúde pública, além de causarem danos ao meio ambiente e que esta ação de recolhimento dos animais vai prosseguir.
A criação de animais nesses fundos de vale origina uma série de problemas ambientais como a compactação do solo, perda das matas ciliares, dificultando a absorção de águas pluviais, a recuperação da mata nativa, a proteção das nascentes, como também leva à erosão, assoreamento e poluição das margens de córregos, na maioria afluentes do rio Pirapó, que faz o abastecimento de água do município, afirmou Crispim, lembrando que as retiradas de animais vão continuar.
O secretário de Meio Ambiente também destacou que além de aumentar o número de animais soltos nas vias públicas, podendo ocasionar acidentes de trânsito, os proprietários com criação irregular fazem a destinação de resíduos como móveis e restos de construção em fundos de vale que passaram por uma série de melhorias realizadas pela Sema com a reurbanização através de cercamento, replantio de mata ciliar e calçadas ecológicas, extremamente importante para preservação da fauna, flora e dos recursos hídricos.
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Fonte: Prefeitura de Maringá – Arquivo
Jornal O Maringá